quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Memória e a importância do fitness cerebral

Publicado por Bernadette Vilhena em 17.8.2010 na seção Pedagogia Econômica


Memória e a importância do fitness cerebralÉ muito comum esquecermos datas de aniversário, a senha do cartão de crédito, onde guardamos a chave do carro. Percebemos que a vida agitada acaba comprometendo a nossa capacidade de memorização. Por causa de muitas tarefas a cumprir passamos a funcionar no automático, fazendo várias coisas ao mesmo tempo e dedicando pouca atenção às atividades executadas. Convido você a aprender um pouco sobre a memória e como podemos fazer para melhorá-la.

A memória pode ser considerada um local de estocagem de representações e dos conhecimentos, constituindo um domínio importante nas atividades dos indivíduos. Ela é mobilizada para fazer deduções, comparações, raciocínios. José Lino Bueno, professor da USP, tem uma interessante definição para a memória:

“Um conjunto de procedimentos que permite manipular e compreender o mundo, levando em conta o contexto atual e as experiências individuais, recriando o mundo por meio de ações da imaginação. O que fica armazenado é um sumário interpretativo de toda nossa experiência passada. A capacidade dos neurônios de se transformar, adaptando sua estrutura ao contexto, seria o suporte desse funcionamento da memória”

Os trabalhos sobre os mecanismos de memória e o funcionamento do cérebro humano demonstram que a complexidade da memória humana é muito maior do que qualquer outro animal estudado, sendo que o seu desempenho é ativado de maneira diferente em cada pessoa. O desempenho da memória humana depende da combinação entre maturação nervosa, contexto, demanda de atenção e aspectos emocionais e motivacionais da tarefa executada.

Outro especialista em memória, Ivan Izquierdo coloca que em seres humanos a complexidade da memória é maior pela participação da linguagem, pela modulação de sentimentos, emoções e estados de ânimo.

Mais importante que definições gerais, para entender a memória é fundamental saber quais os processos que envolvem a aquisição, o armazenamento e a evocação de cada tipo de memória. Para isso, o primeiro passo é saber que existem vários tipos de memória que se relacionam para formar a “memória” que usamos. As classificações utilizadas são estabelecidas de acordo com o tempo de duração, função e conteúdo de cada uma delas. Vejamos:

  • Registros sensoriais: caracterizam-se pela conservação de informações por um dos órgãos do sentido durante alguns décimos de segundos. A informação percebida não é transformada e é totalmente volátil. Não se trata de memória no sentido estrito, pois não existe nem estocagem, nem tratamento. Seria um “bloco de rascunho”;
  • Memória de curto termo ou de trabalho: designa um conjunto de processos que permitem conservar uma informação durante o tempo necessário para a execução de uma ação, como por exemplo, reter um número de telefone ao teclá-lo. Tem capacidade de estocagem limitada sem formar arquivos duradouros. Seria uma espécie de “central de gerenciamento”;
  • Memória de longo termo: existe quando são estocados os conjuntos de acontecimentos e conhecimentos que um sujeito acumulou no decorrer do tempo, podendo ser acessados a qualquer momento.

A capacidade de memorização pode encadear processos de reconhecimento, reconstrução e lembrança sofrendo variações de indivíduo para indivíduo. Apesar da existência de vários modelos explicativos para o funcionamento da memória e muitos estudos na busca da região cerebral onde ela estaria localizada, muitas questões ainda intrigam pesquisadores e continuam sem respostas.

O importante é saber que podemos melhorar nossa capacidade de memorização. Alimentar-se adequadamente, praticar exercícios físicos, dormir bem e diminuir o nível de stress são atitudes fundamentais que todos nós já conhecemos. Aliado a esses comportamentos básicos temos o fitnesscerebral, exercícios específicos para melhorar a memória.

Carla Corrêa, psicóloga especialista em PNL (Programação Neuro-Linguística), diz que o segredo para ter uma boa memória é fazer o cérebro se exercitar, mostrando a ele que há sempre um caminho novo para fazer a mesma coisa. Ela ensina alguns exercícios aparentemente simples, mas que trazem um enorme benefício à memória. Veja algum deles:

  • Trocar o relógio de braço;
  • Andar de costas dentro de casa;
  • Vestir-se com os olhos fechados;
  • Recordar os fatos vividos durante o dia;
  • Fazer caminhos diferentes ao ir para o trabalho ou escola;
  • Sendo destro, exercite-se pegando objetos com a mão esquerda. Ou vice-versa;
  • Fazer palavras cruzadas.

A especialista diz que pequenos lapsos de memória não são preocupantes. Isso significa que “você está dividindo sua atenção e fazendo coisas demais no automático, e com isso os neurônios ficam preguiçosos e pouco estimulados”. Somos o que recordamos. A memória é nossa história guardada a sete chaves! Está em nossas mãos melhorar nossa capacidade de memorização e ter uma vida melhor. Até a próxima.

Crédito da foto para freedigitalphotos.net.

Fonte: http://dinheirama.com

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Oito benefícios do sexo para a saúde


Vida sexual ativa alivia dores, melhora o sono e estimula a longevidade

Por Minha Vida

Que o sexo te faz bem, isso você já notou. O orgasmo, por exemplo, é uma das sensações mais íntimas e deliciosas para homens e mulheres e é muito mais do que sinal do sucesso de uma relação sexual. A cada dia, os cientistas descobrem novos efeitos desta reação orgânica que, além de melhorar as emoções, faz muito pela sua saúde. "O orgasmo contribui para que homens e mulheres vivam com mais qualidade, trata-se de um momento de prazer que reverbera por vários dias", afirma o ginecologista Neucenir Gallani, da clínica SYMCO.

Porém, apesar de proporcionar prazer e qualidade de vida, uma pesquisa feita pela Universidade de São Paulo (USP) revelou que 70 % dos brasileiros fazem menos sexo do que declaram em conversas e pesquisas públicas. Por isso, o Minha Vida estimula você a melhorar essa situação trazendo o que a ciência e os especialistas andam dizendo por aí sobre os benefícios que uma vida sexual ativa trazem ao corpo. Confira:

sexo - foto: getty images

1. Alivia as crises de enxaquecas
Quando seu parceiro reclamar, dizendo que não quer sexo porque está com dor de cabeça, reverta a desculpa a favor da saúde dele. Segundo o médico Neucenir Gallani, o orgasmo libera substâncias, como as endorfinas, que atuam no sistema nervoso. "Elas diminuem a sensibilidade à dor, relaxando a musculatura e melhorando o humor", afirma.

2. Melhora o aspecto da pele
Fazer sexo, principalmente no período da manhã, é um poderoso aliado da beleza para manter a juventude. Essa foi a conclusão de um estudo, realizado por cientistas da Universidade Queens (Reino Unido). De acordo com os pesquisadores, atingir o orgasmo aumenta os níveis de estrogênio, testosterona e de outros hormônios ligados ao brilho e a textura da pele e dos cabelos. Além disso, quando há o orgasmo, ocorre uma vasodilatação superficial dos vasos, até aumentando a temperatura em algumas pessoas. Com isso, a pele ganha uma aparência mais viçosa, e o brilho natural dela fica em destaque.

3. Alivia as cólicas da TPM
O ginecologista Neucenir Gallani faz questão de reforçar que isso não é uma regra, mas acontece com algumas mulheres. Os movimentos realizados durante o sexo estimulam os órgãos internos, que ficam mais relaxados e, com isso, há diminuição das dores que incomodam seu bem-estar nos dias antes da menstruação. "Mas há mulheres que, na fase pré-menstrual, não têm disposição para o sexo e forçar a barra pode ser pior", diz o ginecologista.

4. Melhora o sono
O relaxamento que o orgasmo traz contribui para que você durma melhor, e não apenas no dias em que houver sexo. A reação tem efeito prolongado, devido a ação dos neurotransmissores que passam a agir no seu organismo com mais regularidade e numa quantidade maior.

casal dormindo - foto: getty images

5. Diminui o estresse
O médico faz questão de ressaltar que o orgasmo não deve ser encarado como um remédio calmante, mas como parte de uma relação afetiva que traz prazer. Quando isso acontece, os níveis de estresse tendem a diminuir não só pela estabilidade emocional, mas também porque os chamados hormônios do estresse, como o cortisol, apresentam atividade reduzida. Quem trouxe essa novidade foi um estudo escocês recém-publicado na revista Biological Psychology.

6. Diminui os riscos de infarto
Um estudo da Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, realizado com mais de 3 mil homens de 45 a 59 anos, concluiu, após 20 anos, que o sexo frequente pode reduzir o risco de infartos fatais e de derrames. De acordo com as conclusões da pesquisa, a morte súbita causada por problemas de coração é mais comum entre homens que afirmam ter níveis baixos ou moderados de atividade sexual.

7. Queima calorias
Segundo a Associação Americana de Educadores e Terapeutas Sexuais, a atividade sexual pode ser um ótimo exercício para o corpo. Isso porque meia hora de sexo queimam, em média, 85 calorias. Portanto, se você está sem paciência para ir à academia, que tal optar pelo plano B?

8. Aumenta a imunidade
Um estudo feito pela Wilkes University, nos Estados Unidos, mostrou que uma vida sexual ativa aumenta os níveis de um anticorpo conhecido como IgA , responsável pela proteção do organismo de infecções, gripes e resfriados.